LIMA, Rodrigo Maciel
Uso da Internet para pesquisa educacional em Bioquímica nos ensinos de níveis médio e superior: Estratégias de aperfeiçoamento na busca da qualidade de informações
/RJ, Universidade Estadual do Norte Fluminense, UENF, Biociências e Biotecnologia, 2007. 122p. Tese de Doutorado. (Orientador: Kátia Valevski Sales Fernandes).
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Resumo |
Embora o uso na Internet esteja expandindo rapidamente no campo educacional, pouco se conhece acerca de como os estudantes percebem a realidade das informações e como eles obtêm sucesso em suas pesquisas na Internet. O objetivo deste trabalho de tese foi determinar a natureza do uso da internet no processo de aprendizagem de bioquímica por ambos os estudantes de colégios e universidades particulares e públicas, assim como analisar conteúdos de bioquímica disponibilizados em páginas da Web, avaliando a qualidade, confiabilidade e eficácia destes conteúdos. A maioria dos “sites” analisados não menciona as referências bibliográficas e nem o público alvo a quem se destina a informação. Menos da metade dos “sites” analisados divulgou nomes e/ou nível de formação dos fornecedores da informação e alguns contêm erros conceituais críticos, tais como: participação da H2O na fase química da fotossíntese; afirmação de que animais carnívoros se alimentam somente de herbívoros; a equação global da fotossíntese com erros; que o oxigênio é essencial ao processo de fermentação; que a levedura é um fungo pluricelular. Metade dos “sites” apresenta textos e figuras idênticas e nenhum dos “sites” analisados foi considerado excelente. Em paralelo a esta avaliação, os estudantes, tanto de nível médio quanto de nível superior, foram questionados sobre a freqüência do uso de páginas da Internet para a realização de trabalhos e estudos de bioquímica em geral. A maioria dos estudantes de ensino médio e de ensino superior usa a Internet com esta finalidade (cerca de 70% no ensino médio e 80% no ensino superior). Um aspecto preocupante foi a relativamente alta percentagem de estudantes que nunca comparam o conteúdo de páginas da Web com aqueles disponibilizados em livros didáticos (cerca de 50% dos alunos do ensino médio e 20% dos alunos do ensino superior) ou nunca consultam os professores antes de validar tais informações (cerca de 60% de alunos de ambos os níveis). Nossos dados reforçam a necessidade de uma rigorosa avaliação a respeito da pesquisa educacional de temas bioquímicos na Web.
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