O uso do tempo e as práticas epistêmicas em aulas práticas de química

ARAÚJO, Angelica Oliveira de
O uso do tempo e as práticas epistêmicas em aulas práticas de química
Belo Horizonte/MG, Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG, Educação, 2008. 298p. Dissertação de Mestrado. (Orientador: Eduardo Fleury Mortimer).

Resumo Inserido numa tradição que toma os aportes da teoria sócio-cultural na análise do processo de ensino-aprendizagem, articulando-se as contribuições de Vygotsky e de Bakhtin, este trabalho busca identificar: (i) como o tempo é utilizado em aulas práticas, pelos alunos e pela professora; (ii) o desenvolvimento, pelos alunos, das práticas epistêmicas (Sandoval e Reiser, 2004, Jiménez-Aleixandre et. al. 2008) que emergem no discurso durante a realização das atividades práticas. Apresentamos uma análise da dinâmica discursiva de nove aulas práticas realizadas em uma turma de 2° ano do ensino médio de uma escola da rede particular da cidade de Belo Horizonte. Em seis aulas a professora trabalhou conteúdos relacionados à física térmica e conceitos introdutórios de termoquímica e nas outras três, os fatores que interferem na velocidade das reações químicas. A professora desenvolveu, nessas aulas, experimentos com os alunos, experimentos demonstrativos e discussões a cerca de problemas práticos por eles vivenciados. Neste sentido, analisaremos as práticas epistêmicas que emergem no discurso dos alunos, procurando compreender as interações discursivas entre os alunos e a professora e as estratégias comumente utilizadas pela professora para mediar essas interações.