JUNIOR, Celio da Silveira
Ler Para Aprender Ligações Químicas Em Aulas De Ciências: Investigação, Reflexões E Lições
Minas Gerais/MG, Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG, 2012. Dissertação de Mestrado. (Orientador: Maria Emilia Caixeta de Castro Lima).
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Resumo |
Neste trabalho, nossa atenção se voltou para os processos de compreensão sobre os modelos de ligação química. Especificamente, nossa pesquisa teve como foco a produção de sentidos sobre esse conteúdo em uma turma de estudantes do 9º ano do ensino fundamental de uma escola pública. Ao assumirmos a mediação das aulas em ação colaborativa com a professora responsável pela turma, o nosso projeto de pesquisa remeteu-nos a um projeto de ensino com foco nas leituras em sala de aula de textos de uma coleção didática de ciências. Passamos a ter um duplo desafio, o de ensinar a ler para aprender, e o de ensinar modelos de ligações químicas. Para isso, a nossa intenção foi a de se dar boas aulas como esforços de ensinar a ler textos didáticos de ciências para aprender sobre modelos de ligações químicas. Pesquisamos o/no processo de estudo de ligações químicas - orientado pela leitura de textos didáticos - construindo relações alteritárias e dialógicas. Assim, quatro foram os pilares de nossa metodologia: uma abordagem histórico-cultural alteritária, um caminho metodológico pelo processo, uma construção feita pelo excedente de visão e pela exotopia, e uma mediação planejada com o objetivo de favorecer a leitura e a escrita relacionadas aos modelos de ligações químicas. Aqui, apresentamos os resultados relacionados a duas unidades de nossas análises, a de criação de propósitos para a leitura, e a de leitura como uma oferta de contrapalavras. Analisamos as produções escritas dos estudantes em busca dos indícios do desenvolvimento do processo de compreensão, bem como estivemos atentos aos sentidos produzidos com as leituras, de forma a recuperar a caminhada interpretativa desses estudantes. Concluímos que houve o início do processo de compreensão pelos estudantes da relação que há entre propriedades e modelos no estudo das ligações químicas. Do posto escolhido para a observação da experiência que vivemos, a linguagem, tiramos as lições que ora compartilhamos.
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