SALES, Eliemerson de Souza
Formação inicial de professores de química: um estudo acerca das condicionantes da prática avaliativa
Caruaru/PE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO, UFPE, 2017. 168p. Dissertação de Mestrado. (Orientador: Kátia Silva CUNHA).
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Resumo |
Esta pesquisa sobre formação inicial de professores de química: um estudo acerca das condicionantes da prática avaliativa tem como objetivo analisar as condicionantes que favorecem ou impedem o professor de vivenciar uma prática avaliativa mais inovadora no âmbito das licenciaturas em química, considerando o Projeto Pedagógico do Curso – PPC e as concepções sobre avaliação, expressas pelos docentes. Para tanto estabelecemos a Análise do Discurso de linha francesa na perspectiva de Orlandi (2010) como aporte metodológico. A escolha desse instrumento se deu a partir do nosso objeto de estudo que busca, antes de tudo, compreender o sentido da avaliação para os professores que pensaram os cursos e que materializam a proposta avaliativa dos mesmos. Estabelecemos desta forma como campo de pesquisa duas instituições (A e B) que foram criadas a partir da política de interiorização do Governo Federal, ambas em processo de construção de sua identidade enquanto formadoras de professores. Os critérios de seleção para os participantes foram professores de química da área específica, que correspondem aos grupos criados (1 e 2) e professores da área específica e pedagógica que constituíram o Núcleo Docente Estruturante - NDE do curso, núcleo este responsável por pensar a proposta do curso, acompanhar e avaliar sua implementação. Enquanto corpus documental elegemos os Projetos dos Cursos, os programas das disciplinas e os textos que foram provenientes das entrevistas semiestruturadas que foram gravadas com os participantes e enquanto Corpus legal da pesquisa, foram utilizadas a leis que orientam a formação de professores. A partir das análises, pode-se constatar que os projetos dos cursos apresentam aspectos e princípios de uma avaliação de Quarta Geração (GUBA; LINCOLN, 1989), embora nos programas das disciplinas a proposta avaliativa do curso esteja resumida apenas a instrumentos avaliativos. Acerca das condicionantes da prática avaliativa, constatamos que, a maneira como o professor foi avaliado enquanto estudante constitui o seu pensar e o seu fazer avaliativo, assim como, a experiência profissional- no que se refere ao fazer avaliativo, é legitimada como válida por alguns dos professores. No sentido de condicionantes que possibilitam a vivência de práticas mais inovadoras, constatamos que o diálogo e a troca de saberes na perspectiva da “pedagogia do contágio” (HOFFMANN, 2014) entre os professores se configura como sendo uma condicionante que possibilita a ressignificação de práticas avaliativas. Além disso, a formação continuada a partir de uma ação institucionalizada vem a ser uma condicionante que favorece a mudança de concepções e, por conseguinte, a mudança de práticas avaliativas
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