Contribuições e limitações da informática para a Educação Química

VIEIRA, Sérgio Lontra
Contribuições e limitações da informática para a Educação Química
Campinas/SP, Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP, 1997. 171p. Dissertação de Mestrado. (Orientador: Roseli Pacheco Schnetzler).

Resumo Representa uma contribuição à ampla questão da informática e educação e, mais especificamente, o seu impacto na Educação por intermédio de programas de computador dirigidos ao ensino médio e superior de Química. Consulta o Journal of Chemical Education - JCE, no período de 1977 a 1994 listando 488 programas, classificados de acordo com doze categorias. Faz levantamento de 1978 a 1994, na revista Química Nova, obtendo 51 programas para ensino de Química. Relaciona o tipo e o número do programa com o grau d4e ensino e o período de publicação no JCE, dos conteúdos químicos abordados. Os vários programas podem ser usados de maneiras diferentes no processo de ensino-parendizagem: do simples exercício e prática de problemas numéricos e tutoriais de conceitos, que avançam sob o controle do aluno, aos complexos sistemas especialistas baseados em inteligência artificial e softwares de realidade virtual, que permitem uma nova relação do aluno com o conhecimento químico. Evidencia algumas mudanças dos programas ao longo do tempo: de simples cálculo computacional e tutorias, ou seja, programas pouco interativos, às simulações e bases de dados/modelagem e/ou simulação com previsão. Os conteúdos mais trabalhados são: química quântica/teoria quântica; análises qualitativa, quantitativa, gravimétrica, volumétrica, titulométrica; espectrofotometria, espectroscopia; termodinâmica; estruturas. Estes conteúdos totalizam cerca de 49% dos programas, sendo o tipo de maior freqüência o cálculo computacional, seguido muito de longe por simulação e tutoriais. Salienta que o computador não resolve os problemas da baixa qualidade do ensino, nem tão pouco substitui o professor, a não ser que este se resuma a um mero instrutor de comandos. Entretanto, pode ser usado para apresentar conteúdos considerados mais difíceis, de uma maneira dinâmica, que motive alunos e professores nas atividades normais de sala de aula e de laboratório. Considera o computador como um recurso pedagógico alternativo, ao qual professor pode lançar mão para, aproveitando suas potencialidades, trabalhar no sentido de promover uma aprendizagem significativa.