As concepções de formação continuada dos professores de química da rede estadual de ensino em Goiânia: os desafios para uma formação continuada eficaz

CUNHA, Ana Cristina Borges
As concepções de formação continuada dos professores de química da rede estadual de ensino em Goiânia: os desafios para uma formação continuada eficaz
Goiânia/GO, Universidade Federal de Goiás, UFG, Química, 2005. 84p. Dissertação de Mestrado. (Orientador: Wilson Botter Júnior).

Resumo A formação continuada pode ser definida como todas as atividades desenvolvidas após a graduação, com vistas a promover o aprimoramento do professor e a melhoria de suas potencialidades como um todo, devendo estar articulada com o projeto educativo da escola e levando-se em consideração os anseios e experiências dos educadores, permitindo-os produzir novos conhecimentos. Com o objetivo de conhecer as concepções sobre formação continuada dos professores que ministravam aulas de química, em maio de 2004 no município de Goiânia, assim como, o papel da escola, do estado e da universidade nesse processo, desenvolveu-se este trabalho. No período analisado, havia 60 professores de química, licenciados e/ou bacharéis em química, dos 204 professores de ensino médio que ministravam essa disciplina. Desses 60 professores, 57 foram tomados como universo da pesquisa, pois três se encontravam de licença. Realizado um levantamento das informações contidas nos documentos da subsecretaria metropolitana de educação de Goiânia. A seguir, os professores responderam a um questionário semi-aberto e foram submetidos a uma entrevista semi-estruturada. Os dados revelaram que um grande número de professores, 27 (47%), considera a formação continuada como um processo que ocorre durante toda a vida. Além disso, 14 (25%) professores definem a formação continuada como cursos de aperfeiçoamento, reciclagem, atualização ou até mesmo cursos específicos de sua área de atuação (química) e, somente, 9 (14%) definem a formação continuada como cursos feitos após a graduação. Os professores foram unânimes em afirmar que a formação continuada é uma necessidade, uma vez que o conhecimento é globalizado e dinâmico, forçando o professor a se atualizar constantemente. No que diz respeito ao seu aprimoramento, os professores reconhecem que a formação continuada interfere de modo significativo em suas práticas pedagógicas. Além disso, para eles, tanto a rede estadual de ensino, quanto as universidades têm exercido seus papéis muito aquém de seus reais potenciais, nessa área. Identificou-se, pelas falas dos professores, que o processo de formação continuada em Goiânia não tem ocorrido como deveria: no contexto de trabalho dos professores e levando-se em conta, principalmente, o conhecimento e as experiências que os mesmos detêm.