As ciências em Portugal e no Brasil (1772-1822): o texto conflituoso da química

FERRAZ, Marcia Helena Mendes
As ciências em Portugal e no Brasil (1772-1822): o texto conflituoso da química
São Paulo/SP, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, PUC-SP, Comunicação e Semiótica, 1995. 248p. Tese de Doutorado. (Orientador: Ana Maria Alfonso Goldfarb).

Resumo A reforma de 1772 da universidade de Coimbra, que se insere num conjunto de medidas que procuravam colocar o reino português na via de desenvolvimento da Europa. No que se respeita ao ensino universitário às medidas modificam o curso de leis e o de teologia e transformavam completamente o curso de medicina. O ponto crucial da reforma foi a criação do curso filosófico como preparatório para as outras faculdades, em que se introduzia o estudo das ciências modernas, como a historia natural, a física experimental e a química, esta ultima ensinada pela primeira vez em Portugal. Para as "ciências naturais e filosóficas" formam ser os espaços de ensino e também de produção de conhecimento das novas ciências. O curso filosófico deveria também formar um novo tipo de profissional em Portugal: filosofo natural, a quem seriam destinados diversos cargos no governo, como o de naturalista. Algumas instituições criadas cerca do final do século XVIII, como a academia das ciências de Lisboa e o laboratório químico da casa da moeda, tinham como objetivos a produção e a divulgação do conhecimento sobre a natureza associadas ao estudo de sua aplicação.