AÇÕES COLABORATIVAS EM CONTEXTO ESCOLAR: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DO ENSINO DE QUÍMICA PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL

MELO, Érika Soares de
AÇÕES COLABORATIVAS EM CONTEXTO ESCOLAR: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DO ENSINO DE QUÍMICA PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL
São Carlos/SP, Universidade Federal de São Carlos, UFSCar, 2013. 139p. Dissertação de Mestrado. (Orientador: Katia Regina Moreno Caiado).

Resumo Esta pesquisa tem como objetivo geral promover ações colaborativas em contexto entre uma professora de química e uma professora de educação especial de uma escola polo em atendimento a alunos com deficiência visual do interior paulista, tendo em vista a inclusão escolar e o ensino-aprendizagem em química. A pesquisa de campo foi desenvolvida em uma escola estadual do interior paulista, no primeiro ano do ensino médio. Os sujeitos da pesquisa foram: uma professora de química, uma professora de educação especial e quatro alunos com deficiência visual. A pesquisa pautou-se na Pesquisa-ação Colaborativo-crítica, que visa contribuir com a formação continuada dos profissionais em seu contexto de trabalho e tem como foco possíveis reflexões que emergem no processo de repensar suas práticas pedagógicas. A coleta de dados teve várias etapas, sendo estas: entrevistas semiestruturadas, a fim de se conhecer a trajetória profissional da professora de química e da professora de educação especial e também para se conhecer a trajetória escolar dos alunos com deficiência visual; reuniões coordenadas com a professora de química e a professora de educação especial, com o intuito de promover ações colaborativas em contexto e para o desenvolvimento de práticas pedagógicas no ensino de química para os alunos com deficiência visual; observação das aulas para conhecer as possibilidades e tensões na realização da intervenção com práticas pedagógicas inclusivas para os alunos com deficiência visual; e intervenção em sala de aula para que a professora pudesse colocar em prática as práticas pedagógicas propostas nas reuniões. Os resultados mostraram a preocupação da professora de química com seus alunos deficientes visuais, pois ela nunca havia lecionado para esta população. A parceria da professora de química com a professora de educação especial foi positiva, culminando na adaptação de materiais para intervenção em sala de aula, resultando em melhores notas dos alunos DV nas avaliações. A organização e participação na feira de ciências da escola foi um modo de avaliação dos alunos e estes se saíram muito bem, sendo elogiados pelos visitantes da feira. A aplicação das avaliações bimestrais também foi observada e percebeu-se que existem alguns obstáculos a serem transpostos tanto pela escola quanto pelos alunos com deficiência visual.