A radioatividade ambiental na formação inicial de professores de química na perspectiva da aprendizagem significativa

SILVA, Roberta Maria da
A radioatividade ambiental na formação inicial de professores de química na perspectiva da aprendizagem significativa
Recife/PE, Universidade Federal Rural de Pernambuco, UFRPE, 2017. 142p. Dissertação de Mestrado. (Orientador: Suely Alves da SILVA).

Resumo Segundo a literatura o Ensino de Radioatividade retrata que futuros professores precisam vivenciar propostas alternativas ao modelo tradicional tem como fator limitante sua restrição a atividades de cálculos e discussões sobre as atividades nucleares, sem envolver práticas experimentais em razão do grau de periculosidade do material. Assim sendo, apresentamos nesta dissertação um plano de formação a ser inserida nos cursos de formação de professores de Química, extensiva para as Ciências Naturais, e, futuramente, no âmbito da educação básica denominada de Radioatividade Ambiental. Trata-se de uma perspectiva que valoriza à constante interação do homem com os radionuclídeos naturais e artificialmente sintetizados presentes no meio ambiente (ar, água, solo, alimentos e organismo) como um caminho que redimensiona o Ensino de Radioatividade, na tentativa de desmistificar o medo e as constantes imagens negativas produzidas sobre a Radioatividade, sem deixar de contemplar as problemáticas socioambientais. Com isto o objetivo deste trabalho foi de avaliar a influência da introdução do conteúdo de Radioatividade Ambiental na formação inicial dos licenciandos em Química nas suas concepções sobre Radioatividade, e possíveis desdobramentos na prática pedagógica dos envolvidos na formação. O presente trabalho é fruto de uma intervenção sobre Radioatividade Ambiental realizado com um grupo de licenciandos em Química da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) durante a disciplina de Prática Pedagógica no Ensino de Química I. Os sujeitos participantes foram agrupados de acordo com a sua frequência nos dias da formação, e analisamos a produção de três sujeitos que participaram de todo o processo formativo e realizaram todas as atividades. Deles obtivemos como material de análise mapas conceituais pré e pós-formação e tempo de obliteração (tempo de esquecimento), além de planos de aula sobre Radioatividade. Dos resultados, observamos que a proposta formativa foi bem aceita pelos licenciandos, no entanto, ao analisarmos todos os mapas conceituais detectamos que as informações sobre os radionuclídeos naturais pouco interagiram com suas concepções pré-existentes que conservava certa estrutura básica acerca da Radioatividade. Notamos que a formação possibilitou aos sujeitos ampliarem suas concepções sobre Radioatividade ao levá-los a superarem alguns equívocos encontrados, e reconhecerem a presença dos radionuclídeos naturais. Dos planos de aulas analisados, observamos que eles mantêm certo diálogo com a proposta da Radioatividade Ambiental, apesar de dois deles enfatizarem os aspectos voltados à sua aplicação. Apesar dos fatores limitantes impostas sobre a formação como o tempo, os resultados dessa experiência formativa sinaliza que a proposta aqui defendida tem potencial para melhor conceituar e redimensionar os conceitos e a manifestação da Radioatividade enquanto conteúdo escolar, e que valem ser discutidas teórica e pedagogicamente no âmbito da formação inicial de professores das Ciências Naturais.
Nível ES
URL http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/7417