A evolução de idéias de alunos de 1o ano do ensino médio sobre transformação química em um processo de ensino construtivista

ROSA, Maria Inês de Freitas Petrucci dos Santos
A evolução de idéias de alunos de 1o ano do ensino médio sobre transformação química em um processo de ensino construtivista
Campinas/SP, Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP, 1996. 128p. Dissertação de Mestrado. (Orientador: Roseli Pacheco Schnetzler).

Resumo Investiga um processo de ensino aprendizagem de Transformação Química (TQ) desenvolvido junto a 37 alunos de 1o ano do ensino médio, onde a professora atuou como pesquisadora. Analisa a evolução das idéias dos alunos sobre TQ à luz de influências do processo de ensino, desenvolvido segundo pressupostos construtivistas. Procura promover, nas atividades de ensino, a evolução das concepções alternativas dos alunos em direção a concepções cientificamente aceitas, mediante intercâmbios de idéias, negociação de significados e de exposições por parte da professora, como representante do conhecimento científico. Coleta dados de transcrições das gravações das aulas e dos textos escritos pelos alunos. Elabora um sistema de categorias relativo a concepções de TQ a partir das próprias idéias dos alunos. Analisa a evolução das mesmas, a qual se caracteriza pelo movimento de concepções de simples mistura e modificação de aspectos visuais para idéias mais sofisticadas como formação de novos materiais e noções envolvendo partículas. Tal movimento apresenta-se como um “vai-e-vem” de concepções, na medida em que a exposição de elementos perturbadores e de contra - exemplos no processo de ensino provoca, também, o fortalecimento de concepções prévias dos alunos. Aponta que a construção de novas idéias não significa a negação ou a substituição de idéias anteriores. Neste sentido, contribuições teóricas de modelos de mudanças conceitual, baseados na instauração e superação de conflitos cognitivos cedem lugar à noção de perfil conceitual, conforme Mortimer, configurando a existência de vários níveis de conceitualização, que se mostram dependentes do contexto. Nesta perspectiva, são essenciais as negociações de significados em sala de aula, o papel mediador do professor como representante do conhecimento científico e a função da linguagem na formação de conceitos.